Image: mack2happy / FreeDigitalPhotos.net
Viver "zen" significa integrar na nossa existência quotidiana valores de serenidade, de calma e de desprendimento. Mas, para além disso, significa ainda uma outra coisa, pois tais valores são sobretudo os do budismo, uma "tendência" também muito em voga de há uns anos a esta parte, em particular na sua forma tibetana. Ora o zen, muito mais do que o budismo em geral, implica uma cultura específica da arte de viver, do bem-estar e da espontaneidade.
O zazen, a meditação sentada específica do zen, encontra-se no coração da sua prática. Ainda que derivada de outros métodos mais antigos, ela distingue-se deles pelo facto de ser uma meditação sem objecto e sem tema. Trata-se muito simplesmente de um método que permite ao adepto acalmar a sua mente e, graças a anos de prática, atingir um estado de espírito puro e sem falhas, em que se encontra desperto e capaz de compreender a sua natureza de Buda. Não se trata de um meio para atingir um objectivo, e muitas vezes se diz que zazen é o próprio objectivo. "Permaneça sentado durante um minuto", diz Dôgen, e "durante um minuto você será um Buda."
(Didier Derlich, in "Tendência Zen")