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"Olho para trás, recordando com amor a criança que fui, sabendo que fiz o melhor que pude com o conhecimento que tinha naquela altura."
Compreendo agora que a minha mãe não conseguia defender-se naquela altura, porque também não era capaz de defender-se a si própria. Foi educada de modo a acreditar que as mulheres tinham que aceitar tudo aquilo que os homens diziam. Demorei muito tempo a compreender que esta mentalidade não tinha, necessariamente, de se aplicar a mim.
O primeiro objectivo da alma aquando da sua encarnação é brincar. A criança sofre ao permanecer num ambiente onde não pode brincar. Muitas crianças cresceram com a necessidade de perguntar tudo aos seus pais; não conseguem tomar qualquer decisão por elas próprias. Outras foram criadas sob o intuito da perfeição. Não podiam cometer erros, não podeiam aprender, por isso, agora têm medo de tomar decisões. Todas estas experiências contribuem para a formação de um adulto perturbado.
Um exercício bom para todos nós consiste em falar, numa base regular, com a criança que temos dentro de nós. Um dia por semana, gosto de a levar comigo para todo o lado. Quando acordo digo:" Olá Lulubelle. Este é o nosso dia. Vem comigo. Vamos divertir-nos imenso." Então, tudo o que faço nesse dia, faço-o com a Lulubelle. Falo com ela em voz alta ou silenciosamente e explico tudo o que fazemos. Digo-lhe o quão bonita ela é, o quão esperta é e o quanto gosto dela. Digo-lhe tudo aquilo que ela gostaria de ter ouvido enquanto criança.
Todas precisamos de estar bem esclarecidas que O AMOR NAS NOSSAS VIDAS COMEÇA EM NÓS. Tantas vezes procuramos o "Sr. Certo" à imagem do nosso pai, do nosso namorado, do nosso marido, para resolver todos os nossos problemas. Agora, está na hora de sermos a "Sra. Certa" para nós mesmas. E como fazê-lo? Começamos por olhar honestamente para os nossos defeitos - não se trata de olhar para o que se passa de errado connosco, mas ver as barreiras que erguemos e que nos impedem de ser aquilo que podemos ser. E sem auto-subjugação podemos eliminar essas barreiras e fazer mudanças.
(Louise L. Hay, in "Viver! Reflexões para a Sua Viagem")