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Tal como os regulamentos de qualquer jogo, todas as regras da vida estão relacionadas umas com as outras. Se seguir a orientação dada por uma, ela levá-lo-á à seguinte e à que vem depois dessa. Porém, agora o leitor está a jogar o jogo da vida conforme este deve ser jogado.

Viver cada dia como se fosse o único que lhe resta é, de facto, um dos princípios supremos de uma existência feliz e bem-sucedida. Porém, existe outra regra que é tão extraordinária e produtiva como a anterior e, no entanto, ao contrário da primeira, poucas pessoas a conhecem.

Enquanto o leitor vive cada dia como se fosse o único que lhe resta, comece a tratar toda a gente que encontra (a família, os vizinhos, os colegas, os desconhecidos, os clientes, até os inimigos, se os tiver) como se soubesse um segredo profundo e sombrio sobre cada uma dessas pessoas. O segredo é que também elas vivem o seu último dia na Terra e à meia-noite estarão mortas! E como pensa o leitor que trataria todas as pessoas que encontrasse hoje, se soubesse que ao fim do dia iam desaparecer para sempre? Você até sabe muito bem: com mais consideração, atenção, delicadeza e amor do que alguma vez as tratou. E como pensa que elas reagiriam à sua delicadeza? É claro, com mais consideração, bondade, cooperação e amor do que já antes sentiu da parte de outras pessoas no passado.

Se continuar a fazer o mesmo, dia após dia, como pensa que será o seu futuro, se o tiver preenchido com esse tipo de amor altruísta? O leitor já está a sorrir... É evidente que sabe qual é a resposta.